terça-feira, 4 de novembro de 2008

Itaú e Unibanco anunciam fusão

Os bancos Itaú e Unibanco anunciaram nesta segunda-feira a fusão das duas instituições, formando o maior conglomerado financeiro privado do hemisfério sul e um dos 20 maiores bancos do mundo, segundo comunicado divulgado pelo Unibanco, o nome oficial do novo banco será Itaú Unibanco Holding S.A.
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O total de ativos combinado das duas instituições é de mais de R$ 575 bilhões, o maior do hemisfério sul. A operação ainda precisa ser aprovada pelos acionistas dos dois bancos e pelo Banco Central.
 
.Os controladores da Itaúsa e da Unibanco Holdings comunicam ao mercado que assinaram nesta data contrato de associação visando à unificação das operações financeiras do Itaú e do Unibanco de modo a formar o maior conglomerado financeiro privado do Hemisfério Sul, cujo valor de mercado fará com que ele fique situado entre os 20 maiores do mundo. Trata-se de uma instituição financeira com a capacidade de competir no cenário internacional com os grandes bancos mundiais.
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Mercado
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  • Os dois bancos juntos têm 14,5 milhões de clientes de conta corrente, ou 18% do mercado.

  • As operações de cartões de crédito passam a contemplar as empresas Itaucard, Unicard, Hipercard e Redecard.

  • O novo banco terá cerca de 4.800 agências e postos de atendimento, representando 18% da rede bancária.

  • Em volume de crédito representará 19% do sistema brasileiro.

  • Em total de depósitos, fundos e carteiras administradas atingirá 21%.

  • No mercado de seguros, a nova instituição terá uma participação de 17%. Na previdência, são 24%.

  • O negócio de "private bank", será o maior da América Latina, com aproximadamente R$ 90 bilhões de ativos sob gestão.
Fonte: UOL
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Esta operação surge em momento de grandes mudanças e oportunidades no mundo, particularmente no setor financeiro. O novo banco consolida-se em um cenário que encontra o Brasil e o seu sistema financeiro em situação privilegiada, com enormes possibilidades de melhorar ainda mais a sua posição relativa no cenário global.
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Por outro lado, a fusão entre o Itaú e o Unibanco dá continuidade ao processo de concentração bancária no Brasil, acelerado após os problemas financeiros no mercado internacional. A crise impulsionou a fusão; criou condições propícias para isso, esse fato já havia chamado atenção, em reportagem do UOL, para o fato de que, com a crise, o processo de concentração bancária no país vem caminhando mais rapidamente.
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A fusão é uma forma de os bancos conseguirem inserção no exterior. A crise apenas possibilitou que o negócio fosse fechado mais rapidamente. "Em situações normais, poderia haver alguma rejeição por parte dos acionistas, mas, num momento de crise, qualquer medida para fortalecimento dos bancos ganha apoio considerável dos acionistas", segundo o economista Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios.

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